sexta-feira, 18 de julho de 2008

Trilhos de volta em Petrópolis

Projeto estuda recuperar ferrovia para turismo na Região Serrana

Um estudo encomendado pela prefeitura de Petrópolis à ONG ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária) vai avaliar a viabilidade técnica e econômica de se revitalizar a Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará, que vai de Petrópolis até Raiz da Serra, em Magé, para ser utilizada como roteiro turístico na Região Serrana. O pojeto está orçado em R$ 50 milhões.

O projeto de recuperação da antiga ferrovia, que se conecta à Estrada de Ferro Barão de Mauá, e que vai até estação de Guia de Pacobaíba, em Magé, foi apresentado às secretarias estaduais de Transportes e de Turismo, na última sexta-feira (20/6). Bastante detalhada, a proposta apresentada pela ABPF pretende fazer uma análise específica do que deverá ser feito para a revitalização da via férrea, que foi construída em 1883 e extinta em 1964.

De acordo com o levantamento preliminar feito pela associação, muitos trechos foram invadidos, se transformaram em ruas residenciais ou foram encobertos pela mata. O estudo deverá ser financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e pela União, que participarão com 50% dos investimentos, cada um.

As secretarias estaduais de Transportes e de Turismo vão analisar, inicialmente, a solicitação de recursos para o detalhamento do projeto, para o tombamento da linha pelo Instituto do Patrimônio Histórico e para a recuperação da malha ferroviária.

Segundo o subsecretário de Transportes, Delmo Pinho, que participou da apresentação, o projeto está bem estruturado e tem boas chances de ser atendido, já que trará benefícios não só para a Região Serrana, mas também para todo o Estado do Rio de Janeiro, por se tratar de mais um pólo de atração turística, uma das vocações do estado.

- Este projeto contempla um dos principais tesouros da história ferroviária do Brasil. Além disso, é de grande importância econômica e social e uma atração a mais para os turistas - afirmou o subsecretário.

O projeto prevê a utilização de recursos e tecnologia modernos, mas preserva algumas características empregadas na antiga ferrovia, como o uso da cremalheira nos trechos de subida, mecanismo que aumenta a tração e possibilita ao trem vencer inclinações mais íngremes.

Este estudo faz parte de um elenco de projetos propostos ao Prodetur (Programa de Desenvolvimento do Turismo), um programa financiado pelo BID, com participação da União, para o desenvolvimento de projetos considerados importantes para fomentar o setor turístico. De acordo com Delmo Pinho, se aprovado, o projeto poderá ser implantado em até três anos.

SETRANS - RJ

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